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28/05/2018

Presidente da Itália indica ex-diretor do FMI como premiê interino para formar governo

Presidente da Itália indica ex-diretor do FMI como premiê interino para formar governo

O presidente da Itália, Sergio Matterella, indicou nesta segunda-feira (28) o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Carlo Cottarelli como primeiro-ministro interino, com a função de formar um novo governo e levar estabilidade ao turbulento panorama político e constitucional do país. Cottarelli anunciou que dirigirá um governo "neutro" que garanta a organização de novas eleições "no mais tardar no início de 2019".

A terceira maior economia da zona do euro tem buscado um novo governo desde eleições inconclusivas em março.

Cottarelli tem de formar rapidamente seu governo, prestar juramento e, depois, pedir a confiança do Parlamento.

"Vou apresentar-me ao Parlamento com um programa que, se receber o voto de confiança, prevê apenas a aprovação da lei de orçamentos, depois do que será dissolvido para a celebração de eleições no mais tardar no início de 2019", afirmou.

Se não conquistar o voto de confiança no Parlamento, Cottarelli convocará novas eleições para depois de agosto, afirmou.

De acordo com a agência France Presse, é muito improvável que Cottarelli obtenha a confiança do Parlamento, dominado por membros do Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e pela Liga (extrema direita), que são contra tudo o que ele representa.

Portanto, o governo se encarregará apenas da gestão dos assuntos correntes, enquanto se espera por novas eleições, cuja data será fixada pelo presidente da República, de acordo com os principais responsáveis políticos e os presidentes das duas Câmaras do Parlamento.

Indicado anterior renunciou:

Neste domingo, Giuseppe Conte, que havia sido indicado por Matterella para ocupar o cargo, renunciou sem conseguir formar um governo de coalizão. Os dois partidos que formariam uma coalizão - a formação antissistema Movimento 5 Estrelas (M53) e a de extrema direita Liga - desistiram dos planos porque o presidente vetou a sua escolha para o Ministério da Economia.

Em um discurso televisionado, Mattarella disse que rejeitou Paolo Savona, de 81 anos, porque ele ameaçou tirar a Itália da zona do euro. Savona havia declarado que considera o euro uma "prisão alemã".

Segundo o ordenamento político do país, o presidente da República da Itália tem a atribuição de aprovar a lista de ministros. A oposição de Mattarella a Savona gerou uma onda de indignação e é possível que alimente o clima de críticas à União Europeia e à Alemanha como países que se opuseram à vontade dos cidadãos.

Equilíbrio de poder:

Nas legislativas de 4 de março, a coalizão de direita/extrema direita conseguiu 37% dos votos - com a Liga de Matteo Salvini (17%) à frente da Forza Italia de Silvio Berlusconi (14%) -, e o M5S, mais de um 32%. Já o Partido Democrata (PD, centro esquerda) ficou com 19%.

Agora, as pesquisas colocam a Liga em torno de 22% nas intenções de voto, enquanto as outras siglas mantêm seu nível de março.

Ainda não é certo que a coalizão de direita vá sobreviver à crise atual. Berlusconi deu sinal verde para as negociações M5S/Liga, mas o programa comum não lhe agradou. Defensor de uma ancoragem europeia da Itália, ele ficou ao lado de Mattarella no domingo.

 

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | G1.COM-MUNDO

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