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20/03/2014

Família doa órgãos de jovem morta por AVC

Família doa órgãos de jovem morta por AVC

A família da jovem de 22 anos, Camila Neumann, que morreu na noite de segunda-feira (17), vítima de um AVC, autorizou a doação dos órgãos da enfermeira. Foram retirados coração, fígado, rins e córneas que seguirão para receptores de São Paulo, Curitiba e Maringá. A captação foi realizada no Hospital Santa Casa de Maringá, onde ela estava internada.

Segundo informações da central de transplantes, a jovem foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Campo Mourão no dia 13, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). No dia 15, foi transferida para Maringá em busca de melhores recursos, mas não resistiu e teve a morte encefálica diagnosticada às 20h15, no dia 17. “A equipe conversou com a família sobre a opção de doar os órgãos e eles aceitaram”, explicou a porta voz do hospital.

Quando cursava enfermagem, Camila participou de um projeto de conscientização sobre a importância da doação de órgãos. As atividades foram desenvolvidas em 2010, em uma parceria do Integrado com a Santa Casa de Campo Mourão. Seu papel era justamente explicar para a sociedade sobre o processo, derrubando alguns mitos. “Apesar da dor, a família fez valer sua vontade e isso é muito importante”, explicou.

Como é necessário encontrar receptores com características compatíveis, e não havia nenhum no estado, o coração da jovem foi encaminhado para uma criança de São Paulo, que estava internado no Incor (SP). Os fígados e rins foram encaminhados para um paciente que estava internado no Hospital São Vicente, em Curitiba, e as córneas estão aguardando decisão da Central de Transplantes sobre quem será o receptor.

Velório

Nas redes sociais, não pararam de aparecer mensagens de solidariedade e em nota, a família pediu que amigos levassem fotos dos bons momentos com a vítima. Elas serão colocadas em um mural durante o velório. O corpo da jovem foi transladado de Maringá e o velório está acontecendo no Prever de Campo Mourão até as 14h30. Nesse horário, seguirá para uma missa no Carmelo, localizado às margens da BR 369, de lá será levado para o enterro no Cemitério Municipal São Judas Tadeu.

Alto número

O hospital informou que desde o início do ano, foram realizadas seis cirurgias de captação de múltiplos órgãos na macro região – que engloba entre outros municípios, os da Comcam. Cinco delas aconteceram somente em março. “É um ótimo desempenho”, comenta a assessora antes de acrescentar que na relação ‘Doações x habitantes’, Maringá possui a maior média do Estado.

Segundo eles, isso é resultado do treinamento das equipes hospitalares, dos trabalhos de conscientização realizados nos municípios e também da transparência do processo. “A gente percebe que quando a família está esclarecida e confia no processo é mais fácil a aceitação.”

Entenda a doação de órgãos

Atualmente podem ser doados coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, pele, ossos e tendão. Em caso de doação de córneas, cartilagens, ossos e pele, pode ser feita a doação até seis horas após a parada cardíaca. Em caso de doação de rins, fígado, coração, pulmão, fígado e pâncreas, a família será procurada no hospital para se manifestar sobre a doação.

Não existe limite de idade para a doação. No entanto, a viabilidade dos órgãos é avaliada pela equipe de transplantes. As pessoas que, como Camila fez, quiserem demonstrar o interesse em doar os órgãos devem comunicar a família ou o responsável legal. Após a morte o termo de doação é assinado pelo cônjuge, ou se não houver, por pais e filhos. A retirada de órgãos é uma cirurgia cuidadosa em que são observados todos os rigores de um procedimento cirúrgico rotineiro, não há deformação no corpo.

Fonte: Itribuna

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