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Paraná

08/03/2017

O valor da determinação feminina

O valor da determinação feminina

Foi preciso uma guerra mundial para que a centenária reivindicação feminina sobre a igualdade de direitos deixasse as ruas e se tornasse lei. Primeiro na Inglaterra, em 1918, como reconhecimento pelo decisivo apoio das mulheres no esforço britânico de guerra. Em seguida, o movimento espalhou-se pelos Estados Unidos e pelos demais países europeus até chegar ao Brasil.

A luta pelos direitos da mulher tem origem na Revolução Industrial, lá nos primórdios do Século XIX. O trabalho nas fábricas era desumano, obrigando as operárias a permanecerem em frente aos teares por 16 horas consecutivas, em média.

Com o passar dos anos, o grito de liberdade e igualdade foi se avolumando. Antes da chegada do século XX, o movimento feminino já estava organizado. As suas ativistas ficaram conhecidas como "sufragistas", pelo fato de exigirem o voto feminino. Algumas lideranças se tornaram conhecidas, como a de Millicent Fawcett (1847-1929), Emmeline Pankhurst (1858-1928) e Emily Wilding Davison (1872-1913), que se atirou à frente do cavalo do Rei da Inglaterra e foi pisoteada.

O Dia Internacional da Mulher passou a ser comemorado em 1910, de maneira informal. Foi oficializado pela Organização das Nações Unidas a partir de 1977.

O Brasil teve uma importante pioneira nesse embate. Foi Nísia Floresta, escritora e educadora nascida no Rio Grande do Norte em 1810. Viúva e mãe de uma filha, ela publicou em 1831, em Recife, diversos artigos sobre a condição da mulher. Migrou para o Rio Grande do Sul e depois para o Rio de Janeiro, criando e dirigindo escolas.

Radicou-se na Europa com 38 anos, mas esteve no Brasil durante o processo abolicionista. Voltou para a França, onde estava radicada, e lá morreu de pneumonia, em 1885. Sua principal obra é Opúsculo Humanitário, também sobre a emancipação feminina.

Em 1931, Portugal admitiu o voto feminino. Em março do ano seguinte, o governo de Getúlio Vargas institui a novidade no país. Era um voto muito restrito, que só mulheres casadas e viúvas podiam exercer. O voto universal foi obrigado a aguardar o fim da Segunda Guerra Mundial para ser consagrado.

O crescimento da participação feminina nos mais amplos setores da sociedade mundial é um retrato da nossa época. Sei que em Foz do Iguaçu, por exemplo, as advogadas já superaram os advogados, em número absoluto.

Cada vez mais as mulheres se colocam na liderança de empresas. Comandam negócios de todo gênero, desde países e corporações internacionais até empresas digitais movidas apenas pelo trabalho intelectual. São empresárias e gestoras que não encontram limites para mostrar seu talento.

Quando criamos a primeira Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negógios (CMEG) da Fecomércio PR, em 2006, não tínhamos dúvidas quanto à iniciativa, mas não poderíamos imaginar que elas se espalhassem tão rápido. Hoje temos 21 Câmaras realizando um trabalho de aprimoramento e união de classe.

Agora, em 2017, vamos comemorar os dez anos do Prêmio Mulher Empreendedora, comandado pela CMEG. O evento será realizado em 13 de março, em Foz do Iguaçu, e reunirá mil empresárias de todo o Estado e vai homenagear 23 mullheres de destaque.

É muito mais que uma honraria. É o reconhecimento pela determinação feminina, um atributo essencial para o avanço da nossa sociedade e do nosso país.

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | ASSESSORIA DE IMPRENSA

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