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11/12/2021

Terceiro domingo do Advento - Pr. Pedro R. Artigas

Terceiro domingo do Advento - Pr. Pedro R. Artigas

Terceiro domingo do Advento

 

Pr. Pedro R. Artigas

Neste domingo estamos no terceiro domingo do Avento, ou seja, inicia-se o terceiro centenário sem que se tenha palavra profética sobre a terra. O tempo foi triste, pois o povo hebreu estava acostumado a ir buscar no profeta as palavras do Senhor, ou ouvir do profeta as reprimendas de Deus parao comportamento muitas vezes errado do povo.

Agora era o silêncio, o povo poderia agir como quisesse, pois nem os sacerdotes ouviam as palavras do Senhor Deus. o que poderiam fazer era estudar os rolos para ali buscar as palavras de consolo. E dentre esses rolos o Saltério se destacava, ao mostrar ao povo nas palavras de diversos autores, como Davi, Moisés, os filhos de Coré e gente do povo, que haviam composto cânticos relatando momentos importantes para eles, tais como louvando, contando do tempo do cativeiro babilônico, falando das dificuldades na volta para Jerusalém após o cativeiro. E nesse contexto destaca-se o Salmo 85, que junto aos profetas, Esdras que relata o retorno dos judeus do cativeiro da Babilônia e Neemias que nos dá um relatório completo do trabalho de suas mãos e de seu coração e mais tarde temos o profeta Sofonias que 18 anos após o retorno trata da continuação dos trabalhos de reconstrução que haviam sido paralisados. Como podemos ver a Bíblia nos traz um levantamento completo de todas as ações ocorridas nesse tempo pós cativeiro.

Mas vamos conhecer melhor o que diz o salmo 85, tentaremos ver também como era seu autor, que provavelmente era um sacerdote e como fluem suas palavras naquele contexto de volta do cativeiro. O primeiro ato que nos é mostrado, é o pedido ao Senhor feito pelo escritor onde ele ora ao Senhor Deus, pedindo por restauração. Ele lembra dos tempos antigos, em que o Senhor por diversas vezes restaurou o seu povo. Por isso ele pede, restaura-nos de novo.

Ao ler este pedido, veio-me a lembrança nossa própria situação, quando durante os inúmeros processos da vida, somos quebrados e refeitos diversas vezes. Porém, se permanecermos no Senhor somos aperfeiçoados. Jesus quando esteve entre nós disse que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo, segundo o Evangelho de João capítulo 16, versículo 33; e estas palavras nos ensina que não teremos um mar de maravilhas somente por estarmos ao seu lado, mas que precisamos ficar atentos pois as aflições não nos derrubarão se estivermos firmes na Rocha.

Continuando, o salmo contém uma oração fervorosa para que Deus se mostrasse novamente a eles, e implica uma expectativa confiante de que ele faria isso, de modo que as calamidades que sobreviessem fossem removidas – mesmo como por uma interposição miraculosa. Não seria isto que estamos pedindo atualmente a Deus? Sua intervenção em nosso momento de angústia frente a Pandemia que ainda estamos passando. Frente aos problemas de perda do trabalho, outros por motivos diversos. Se aqui povo hebreu estava saindo do cativeiro e encontrando sua terra devastada e o templo destruído, é motivo mais que suficiente para clamar ao Senhor. Agora o salmista se alegra porque Deus perdoou o Seu povo, cancelou os seus pecados, e cessou a Sua ira.

Mas ainda havia problemas enquanto as pessoas voltaram a ocupar a terra e tentavam reconstruir o templo. O salmista pede, então, que Deus restaure o Seu favor. Em seguida, ele acrescenta: “Não nos renovará a vida?” a mesma oração que o povo de Deus faz hoje, ao desejar um avivamento.

Ele pede a Deus para abençoar a nação como fizera no passado, para que a Sua glória habite na terra. Se analisarmos mais profundamente o versículo 9, veremos que o escritor fala em profecia do Messias, ou seja de Jesus, pois a salvação completa pela qual todo o Israel de Deus aguarda é a redenção por intermédio do Messias. Não apenas autores cristãos, mas até autores judeus, entendem que a presente referência é ao Salvador, a quem dizem respeito muitas passagens subsequentes. E o salmista podia muito dizer que a salvação estava próxima, pois as setenta semanas determinadas por Daniel haviam começado.

E mais uma vez encontro o sentido pleno do Advento, pois neste salmo o povo recém-saído do cativeiro antevê a Glória do Senhor, como sendo o Cristo esplendor da glória de seu Pai. Este ano podemos olhar para o Advento de maneira diferente, não nos portando como se a carne e a bebida fosse o mais importante, mas olharmos o que Deus tem para nós no próximo ano. Este é terceiro centenário, ou seja, domingo estaremos no terceiro domingo, já estamos chegando ao Natal, e é importante que reflitamos o que fizemos este ano que está chegando ao seu final.Mas nos lembremos das palavras de Jesus quando Ele diz porque assim como o relâmpago sai do Oriente e brilha no Ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem. E não poderá ser este ano? Pensemos nisto e reflitamos o Natal que queremos. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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