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31/07/2021

Disponibilidade para seguir - Pr. Pedro R. Artigas

Disponibilidade para seguir - Pr. Pedro R. Artigas

Disponibilidade para seguir

Pr. Pedro R. Artigas

Hoje quando regemos nossas vidas por um código de leis e procedimentos que muitas vezes nos fazem agredir aos outros com palavras e até com atos, Jesus vem, podemos assim dizer, na contramão do que temos por certo. No Evangelho de Marcos, como também em Mateus e Lucas, Jesus nos ensina uma nova forma de nos dispormos para o seu trabalho, e de como podemos viver em sociedade.

Leiamos o texto do Evangelho de Marcos, capítulo 8, versículos de 34 a 38: “então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, Jesus lhes disse: se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vidapor minha causa e por causa do evangelho, esse a salvará. De que adianta uma pessoa ganhar o mundointeiro e perder a sua alma? Que daria uma pessoa em troca de sua alma? Pois quem, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos”.

Na verdade, com Jesus a justiça não consiste mais na observância de um código legal externo. Jesus o define como um aprendizado dele mesmo como Mestre através do Espírito Santo. A justiça, agora, é definida pela Pessoa de Jesus e não pela Lei. Entretanto, essa Pessoa que é justa exige nossa lealdade; o verdadeiro discipulado exige compromisso total sem distração ou acomodação.

Compreender e aceitar que o discipulado significa abandonar toda ambição pessoal egoísta, saber com certeza que o verdadeiro discípulo está sempre pronto para o seu Senhor, ou seja, não buscar o interesse próprio, mas buscar o interesse do Senhor. Reconhecer que Jesus chama seus discípulos para irem até pessoas de todas as nações e ensiná-las a conhecê-lo e a viver com Ele, e que esse ensinar começa com nosso testemunho pessoal de vida transformada. Esse conhecimento exigido por Jesus que contrasta com tudo que conhecemos e até com o que e como vivemos, nos ensina de modo claro que a Lei agora não é mais escrita em papel, mas que está dentro de nossos corações para ser praticada de modo simples e natural.

Compreender que a religião institucionalizada ou legalista é um inimigo feroz da qualidade de vida de amor do Reino de Deus, e que precisamos confiar que Jesus nos dará sabedoria e palavras para superar tal oposição.

Precisamos saber que Jesus exige de nós lealdade absoluta para com ele, maior que qualquer outro compromisso com outro ser humano, ou até com nosso próprio interesse. Precisamos compreender que o discipulado (discipulado é o ato de ser discípulo) significa nos submeter em tudo pela Glória de Deus, em favor daqueles que Deus coloca frente a nós.

O grande paradoxo deste texto é o versículo 35, onde Jesus usou o termo vida em dois sentidos diferentes. A primeira expressão salvar sua vida, refere-se à preservação da vida física salvando-nos da morte. A pessoa que se devota completamente à proteção desta vida perderá aquela que é eterna. Pelo contrário, a pessoa que é tão devotada a Cristo que está pronta a perder sua vida, é a pessoa que ganha a verdadeira vida, e descobre que o morrer é ganho, conforme o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses capítulo 1, versículo 21: “porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Esta palavra não é uma descrição do caminho da salvação para os perdidos, mas antes a filosofia de vida do discípulo. O versículo 36 do capítulo 8 de Marcos completa então o pensamento, mostrando o contraste entre o mundo e a alma, o versículo então nos diz: “de que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”.

Esse princípio se aplica ao nível físico como também ao espiritual. Que valor há em se obter tudo o que o mundo oferece se uma pessoa morre e não pode desfrutá-lo? Ou, qual a virtude de se amontoar um mundo de possessões terrenas durante alguns anos se isso significa perder a vida eterna. Muitas vezes nos envergonhamos de nossa filiação com Cristo, e dentro da palavra este fato é negar a Cristo nas horas de necessidade, é ficar ao lado desta geração pecadora e não com Cristo.

Jesus usa uma palavra dura, quando diz adúltera, aqui enfatiza duplicidade de vida, infidelidade para com Deus. E da mesma maneira quando Ele voltar também se envergonhará e repudiará aqueles que adulteraram. Terminando então, podemos afirmar que é muito melhor procurar e buscar viver sob a manifestação do Senhor e de seu discipulado, sabendo que o muito sem Deus nada é, mas o pouco, ou melhor, o necessário é muito sob a bênção do Senhor. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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