O diferente novo ano

Pr. Pedro R. Artigas

O ano de 2021 iniciou já faz 43 dias, acreditávamos que fosse ser um ano diferente que o anterior, que tivéssemos nossa liberdade restaurada, que tudo voltaria ao normal. Normal? Pois é, não aceitamos o novo normal para nossas vidas, queremos poder viajar, festejar, abraçar nossos mais chegados amigos e parentes, nos reunir para jogar conversa fora, mas, há sempre um mas no meio do caminho, ainda não podemos fazer nada dessas atividades, temos que ficar recolhidos em casa, nos cuidando e cuidando de quem amamos.

Apesar de muitos acreditarem que estão isentos de ficarem doentes como a cigarra da fábula de La Fontaine, que acreditava que o inverno nunca chegaria, e por isso vivia a cantar e aproveitar a vida, enquanto a formiga trabalhava incessantemente se prevenindo do inverno que chegaria. Mas inexoravelmente o inverno chegou, e a cigarra sentiu e foi pedir ajuda à formiga, se traduzirmos essa fabula para o momento atual veremos que muitos estão se comportando como a cigarra, e infelizmente enchendo nossos hospitais de doentes graves e com sério risco de morte.

Se na fábula a formiga acolhe a cigarra em sua casa e juntas passam o inverno, hoje esse acolhimento pode traduzir novos infectados por uma doença que vem demandando estudos rápidos e profundos devido ao desconhecimento. Não podemos simplesmente acreditar que nada nos acontecerá, precisamos tomar precauções e cuidar daqueles que pela vida já não tem mais a força para repelir esse nefasto vírus.

Muitos acreditam que simplesmente ao tomar a vacina estarão imunizados e poderão voltar aos antigos padrões de vida que levavam anteriormente, desculpe, mas é ledo engano. A vacina protege ao vírus original, não as suas variantes que estão se mostrando muito mais agressivas.

Então devemos continuar com todos os protocolos que nos estão sendo ensinados pelos profissionais da saúde.

Outra coisa, esta doença não é o final dos tempos, nem a volta de Cristo para amanhã, mas são os sinais de que aí sim a volta de Cristo começa a se desenhar no horizonte. Mas ainda é só o começo. No evangelho de Mateus capítulo 24, versículos 6 a 8 Jesus ensina aos discípulos: “Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores”. Hoje muitos pregam, gritam que este é o final dos tempos, mas palavra de Jesus é clara, é o início das dores, muita coisa ainda vai acontecer, ou como se costuma dizer, muita água ainda vai passar debaixo da ponte. Mas uma coisa é certa, é hora de todos olharem para o Altíssimo e buscarem uma vida orientada pelo poder de Deus.

Festejar é bom? Sim é muito bom, mas festejar segundo os padrões divinos é muito melhor, viver a vida é bom? Excelente, mas deve-se viver segundo o que Deus no manda viver, e o melhor exemplo é a parábola do Filho Pródigo, em Lucas capítulo 15, muitas vezes vivemos sem organização e tentando aproveitar tudo dentro de nossas casas sem pensar e analisar o que pode acontecer com nossos pais, avós e outros mais idosos. Dessa maneira vamos aproveitar este “carnaval” para nos resguardar e resguardar nossos idosos. E assim mostrar a face de Cristo para um mundo tão combalido e perdido em seus devaneios.  Pense também em você próprio, que tem toda a vida pela frente. Shalom.