A fé vã

Pr. Pedro R. Artigas

Igreja Metodista

Hoje na minha devocional, estudei o texto de Primeiro Coríntios capítulo 15, versículos de 12 a 20 que ensina a respeito de ressurreição de Cristo e diz: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem”. E lembrei-me que atualmente muito se fala a respeito da não ressurreição de Jesus.

Existem livros e documentários de televisão falando a este respeito, levanta-se que Cristo não morreu na crucificação, mas que teve um ataque de catalepsia.Para outros na verdade Cristo não foi crucificado, mas sim um sósia seu tomou se lugar.

Aqui neste texto de Paulo, o apóstolo nos levanta um fato importante, e começa assumindo hipoteticamente a falsa premissa da não ressurreição para mostrar sua implicação de longo alcance. A cristandade depende completamente da ressurreição física real do corpo morto de Cristo, caso contrário é tudo uma mentira.

E o fato da ressurreição de Cristo envolve a crença de sua ressurreição física, não espiritual. Paulo prega a não necessidade de discutir a ressurreição, uma vez que toda a fé baseia-se na humanidade de Cristo.

E se não houvesse ressurreição o evangelho estaria vazio de qualquer conteúdo verdadeiro, e a fé dos coríntios não estaria de posse de um fato real, tudo não passaria de miragem. Outro fato importante, se não houvesse ressurreição os proclamadores iniciais teriam sido falsas testemunhas diante de Deus.

Vã, aqui traduz o termo grego “mataios” que poderíamos traduzir por “sem alvo ou efeito útil”. Se Cristo não tivesse ressuscitado a fé dos coríntios teria deixado de atingir o seu fim, o alvo,ou seja, a salvação. Não teriam certeza se Ele não morreu pelos Seus próprios pecados. A ressurreição foi necessária para demonstrar a perfeição do caráter do Redentor, e para mostrar que o Pai aceitara a obra do Filho. Em todos os escritos e estudos lê-se que Jesus era o Homem Perfeito, e para que acontecesse a redenção era necessário a morte de um ser perfeito, tal como se fazia no Antigo Testamento, quando se exigia que o cordeiro fosse perfeito para o sacrifício.

Como podemos dizer, a ressurreição é o Amém de Deus ao Tudo está consumado de Cristo dito na sua crucificação. Sem a ressurreição toda a fé dos crentes que pensaram estar morrendo em Cristo, na expectativa da benção da ressurreição, estaria e estão realmente perdidos. A amarga conclusão é que a negação da ressurreição faz dos cristãos os mais infelizes sobre a face da terra, pois sofrem aqui e agora por uma fé que não passa de uma ficção, e a palavra de Paulo em sua carta aos Romanos, capítulo 8, versículo 18 deixaria de ter validade: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

As primícias são a primeira parte madura da colheita, fornecendo provas reais de que a colheita inteira está a caminho. De acordo com o livro de Levítico, capítulo 23, versículos 4 a 14, as primícias, em conexão com a Páscoa, eram usadas para consagrar a colheita que estaria chegando, Jesus morreu na Páscoa, e sua ressurreição é uma promessa de nossa própria ressurreição.

Terminando então, toda essa propaganda, ou escritos é arte maligna para desviar nossa fé do alvo. E o que é pior, muitos que se acreditam inteligentes estão entrando nessa falácia maligna e disseminando a dúvida entre os fiéis, na tentativa de desviá-los do caminho da vida. Shalom.