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31/10/2020

O cego de Jericó - Pr. Pedro R. Artigas

O cego de Jericó - Pr. Pedro R. Artigas

O cego de Jericó

Pr. Pedro R. Artigas

 

Estamos chegando ao final de um ano confuso e complicado. Fomos obrigados a ficar em nossas casas para que não fossemos infectados por uma doença que apareceu no começo do ano e vem se estendendo até agora.

Podemos dizer com certeza que é terrível não podermos visitar, ser visitados, abraçar e beijar aqueles que nos são caros. As notícias nas mídias são as piores possíveis, a cada dia somos surpreendidos com a doença voltando e alguns países voltando ao isolamento radical. Mas, será que essa forma de tratamento é correta? Não sabemos. Resta-nos então esperar para ver como iremos andar daqui a alguns minutos, não são horas ou dias, mas instantes.

Apesar de toda complicação o tempo que temos podemos então ter a sábia decisão de estudar o texto bíblico. E hoje ao ler minha bíblia detive-me no texto do Evangelista Marcos capítulo 10 versículos de 46 a 52, que conta a história do cego de Jericó.

E este texto de Marcos é significativo pela lição que encerra. Se num momento muitas vidas estão tentando seguir o Mestre poucos querem o Salvador Jesus. Seguir um mestre é fácil, pois quando não gosto de seus ensinamentos simplesmente me despeço e vou para qualquer outro mestre que esteja em evidência. Seguir aquele que pode devolver a vida que me foi tirada pelo pecado é diferente, pois não estamos somente seguindo, mas, sendo transformados pelo seu testemunho em nossas vidas.

No texto, Bartimeu, cego por alguma enfermidade, não de nascença estava à beira do caminho, assim como tantos outros cegos hoje estão sentados à beira do caminho, ouvindo e se alimentando de sua série de mestres, que nunca satisfazem suas necessidades mais básicas, aqui no caso de Bartimeu a de enxergar.

Precisamos começando analisar que Bartimeu reconhece o messianismo de Jesus pelo uso do título Filho de Davi, e dentro do ministério de Jesus este milagre é o último antes da crucificação, então é significativo o chamado do cego. Interessante também como o Evangelista mostra a condição de Bartimeu, sentado a beira do caminho, ou em outras palavras, sem importância, sem nenhum mérito, poderíamos dizer em palavras de hoje um joão ninguém, um ser invisível para a sociedade, como muitos nos dias de hoje.

Também interessante que, como naquele tempo, hoje também muitos procuram atrapalhar aqueles que querem conhecer a verdade, e muitos o repreendiam, pedindo que se calasse, mas sua vontade de enxergar era muito maior e  Bartimeu continuou a gritar sem se importar com o que pensassem dele, pois acreditava que Jesus poderia ouvir e parar para vê-lo.

E realmente Jesus para e o chama, agora a multidão, aqueles mesmos que estavam há pouco dizendo para que ficasse quieto, agora o encorajam, pois o Verdadeiro Mestre o chamava para o caminho, pois ele estava à beira, e como já dissemos acima, não tinha valor, não tinha honra, não tinha nada, era somente um cego e pedinte. Infelizmente muitas vezes nós podemos ser essa multidão que segrega, que exclui, que não fala das maravilhas do Mestre Salvador, mas que fala de tudo, conhece tudo, mas não conhece a realidade do Mestre Salvador Jesus.

A fé de Bartimeu faz com ele não se importasse de gritar pelo Mestre Salvador, como fez a mulher com fluxo de sangue também relatado aqui no Evangelho de Marcos, capítulo  5, versículo 28, que conta a coragem  da mulher que não tem seu nome registrado de buscar tocar nas franjas da vestimenta de Jesus, tinha certeza que seria curada, não importava que a multidão a comprimisse, que tentasse afastá-la do objetivo.

O cego então lança o que de mais precioso tinha, sua capa, que tinha toda sua história de pedinte, de excluído, e chega a Jesus que pergunta o que queria, sua resposta é clara, forte, objetiva, quero ver, enxergar. A resposta de Jesus mostra que é necessário que tenhamos fé para recebermos a bênção, coragem para buscá-la, ser bênção, ser obediente e fiel, são condições para receber a bênção, pois a resposta de Jesus é significativa, tua fé te salvou.  Essa é a condição, ter fé, pois a fé nos cura, espiritualmente e também fisicamente. Então amados busquemos aqueles que estão à beira do caminho, sem alento, desanimados com a situação, triste por se sentir só, e com medo de contrair a doença. Podemos deixar de ser a multidão e passar a sermos aqueles que transmitem o amor verdadeiro, a paz completa. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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