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24/08/2020

A prática do zelo - Pr. Pedro R. Artigas

A prática do zelo - Pr. Pedro R. Artigas

A prática do zelo

 

Pr. Pedro R. Artigas

Igreja Metodista

 

Lendo a Bíblia hoje, na segunda carta de Paulo a Timóteo, em seu primeiro capítulo o apóstolo traz uma palavra de elogio ao discípulo. Ele escreve que desde que conheceu a Timóteo, este sempre esteve em suas orações pela fé que o jovem demonstrava.

Paulo afirma que se lembra da fé sem fingimento que havia sido ensinada pela  mãe e pela avó, e como maior afirmação ele diz que primeiramente habitou, mostrando que a fé demonstrada por Timóteo não era de um mero hóspede, mas de um morador, ou seja, de alguém que tinha experiencia firme com Cristo, como havia morado com a mãe e avó. Mas que agora chegara o momento de Timóteo reavivar essa fé, e textualmente no original o apóstolo diz: “faça o fogo subir com vida”, ou sopre as brasas para trazer a chama de volta, e use o carisma, que é a tradução correta da palavra dom neste contexto, ardesse em seu íntimo, e subisse a Deus com o calor proveniente. É dentro desse parâmetro que Paulo continua a falar no versículo 7, e informa de maneira poderosa, como deveria ser a conduta de Timóteo e por conseguinte a nossa conduta também.

Timóteo não deveria deixar que qualquer coisa o desencorajasse, por que Deus não havia dado a ele como também a nós nos dias de hoje, um espírito de covardia ou como o original diz espirito de timidez, mas de poder, ou seja, de banir o medo de professar a fé em qualquer lugar ou situação. Como também espírito de amor e moderação, para que animados em seus deveres, tanto a Deus, como aos irmãos daquele tempo, e que vale para os dias atuais, quando muitos tem medo de professar a Cristo, juntasse o poder e a moderação que são extremos, e colocasse o amor como tempero para impedir que maus extremos e impetuosidade o desviasse do caminho. Surgiriam pressões e ocasiões onde a fé deveria ser externada com maior vigor, mas com sentimento de amor.

Por que estou relatando essa experiência de Paulo a Timóteo hoje?É que houve um acontecimento no final da semana passada que mostrou como a moderação e amor precisavam caminhar juntos. A menina que estuprada e engravidada com apenas 10 anos, com o corpo ainda em formação não teria caixa uterina suficiente para continuar a gestar. A justiça ouvida os médicos houve por bem permitir o aborto, e muitos cristãos tomados pela insensatez foram não em busca do algoz de uma criança, mas para julgar a criança como sendo a grande e solitária culpada.

Seu algoz vendo que toda a culpa recaia sobre a criança apressou-se em afirmar que o ato foi consensual, como se uma criança que teria tido sua iniciação sexual aos 6 anos de idade pudesse saber, julgar e propor a um condenado uma relação sexual. Como se diz hoje, ora, me poupe!

Como podemos observar a falta de zelo no sentido ensinado pelo apóstolo Paulo, está em falta na sociedade atualmente. Deveria então pararmos um pouco dos afazeres e estudar o texto Bíblico de Segunda Carta a Timóteo, escrita por volta do ano 67 d.C. quando o apóstolo cumpria sua segunda prisão em Roma. Mas não temos tempo, afinal estudar a Bíblia demanda tempo e entendimento, e são duas coisas que não temos e não queremos, é mais fácil acompanhar outros que também não fizeram a leitura e servem de guias cegos liderando um povo cego.

E o maior erro é que usamos essa falta de zelo para politizar um ato que deveria sim ser judicializado com a prisão imediata do pedófilo. E não lhe dar atenção, pois se teve coragem de fazer isto com sua sobrinha e ainda se apresentar como vítima, desculpe, mas não merece compaixão de nossa parte até que cumpra isolamento social, nome bonito para prisão, por tempo bastante longo.

E termos a coragem de como ensinado pelo apóstolo Paulo no capítulo 1, versículo 8 e 9: “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus,
Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;”. Não nos envergonharmos de testemunhar o amor de Cristo, como também termos a verdade que não fomos chamados por nossas erradas obras, mas atendendo o propósito e a graça que nos foi concedida em Cristo Jesus. Aí sim teremos amor de consciência em avaliar e condenar a prisão pessoas que manifestamente fazem mal a sociedade, sem, contudo, deixá-las de amar e procurar trazê-las ao convívio sadio e cristão do meio que vivemos. Shalom.

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Fonte: A prática do zelo - Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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