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09/05/2020

Se o agredirem oferece a outra face - Pr. Pedro R. Artigas

Se o agredirem oferece a outra face - Pr. Pedro R. Artigas

Se o agredirem oferece a outra face

Pr. Pedro R. Artigas

 

Em nossas vidas crescemos ouvindo que devemos sempre reagir a qualquer tipo de agressão que nos fizerem. Fomos ensinados desde a mais tenra idade que não devemos levar desaforo para casa.

Agimos assim as vezes até inconscientemente, parece que está em nosso DNA revidarmos qualquer tipo de agressão, seja verbal ou física. Hoje temos leis que nos proteger contra todos os tipos de agressão. Com penas que partem de serviços comunitários até de reclusão da liberdade.

Nosso País vive hoje a síndrome da agressão, todos lutam contra todos, todos ofendem todos, e todos se sentem vítimas, não se consegue viver sem procurar estar protegido contra tudo. Se o governo fala alguma coisa, um outro poder ou pessoas desse outro poder se sentir atingido imediatamente procura revidar. Se o povo se manifesta de alguma forma, outras pessoas dirão que a manifestação é antidemocrática, e que é preciso de alguma forma enquadrá-la nos rigores da lei.

Esta semana em dois episódios vimos isso claramente,no primeiro um programa de esportes, dois comentaristas discutiram se um antigo colega de profissão, que também foi jogador, estava certo em falar de política e contra o governo, mesmo não sendo nenhum dos dois o atacado pela ofensa. Em outras palavras discutiram pela “honra” de um terceiro. Em outro programa, a Secretária Especial de Cultura, uma artista, posicionou-se e comentou a respeito da época em que os militares governaram o País, muito bem, bastou para que diversos colegas de profissão passassem a retrucar e até ofendê-la pela sua posição, querendo que ela mudasse sua opinião.

Algumas postagens em sites de relacionamento social, chegaram a afirmar que tinham vergonha dessa senhora pela posição assumida. Vemos e sentimos que a intolerância e a beligerância estão no ar.

Isto me lembra uma antiga propaganda de shampoo, onde diversas moças apareciam vestidas de marrom, e de repente uma delas aparecia de azul, e o locutor em off proclamava: “o que seria do mundo se todos se vestissem da mesma cor”. Afirmando que o tal produto era tão bom quanto os outros, mas tinha uma qualidade melhor, deixava o cabelo mais sedoso. Hojeinfelizmente não olhamos por esse ângulo, mas que todos devemos ter a mesma cor, e o mesma opinião, quem pensa contrário a mim é meu inimigo.

Aqui me vem a memoria o texto do Evangelista Mateus, capítulo 5, versículos 39 e 40 que nos ensina: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa”.

Ora Jesus não está falando em agredir fisicamente, mas metaforicamente, no sentido de se alguém vier para te ofender, não responda a ofensa com ele, porque você estará se igualando a ele, e lhe dará mais munição, para continuar te agredindo, mas se você ficar em silêncio, e não lhe responder as ofensas você estará devolvendo a ele as mesmas palavras que estão vindo à você. Como assim? Podemos questionar, como ficando quieto eu devolvo a ele as palavras ofensivas dirigidas a mim?  Pelo simples fato, que toda a agressividade dele não terá eco em você, e ele simplesmente terá de levar embora as palavras dirigidas em sua direção. É isto que Jesus está nos ensinando, não há para um agressor pior coisa que não ter resposta à sua agressão.

Também quando Jesus diz que quem quiser pleitear contigo e tirar-lhe a túnica, larga-lhe também a capa,veja que Jesus diz larga a capa, ou faça com que ele tenha que pegar a capa que você deixou. Jesus sempre se saiu superior em seus embates justamente por não dar trela aos opositores, ou lhe alimentar a ira. E aqui poderia até dar um conselho para o Presidente que serve para todos nós: falar é prata, mas o silêncio é ouro, poderia até mudar o metal para silêncio é diamante. 

E se o Presidente não fosse ao embate com todos, mas fizesse silencio naquela hora, com certeza todos seus inimigos iriam perceber que não adiantaria ficar brigando, pois, suas palavras cairiam no vazio. A mesma afirmação vale para nós, e diminuiriam com certeza os homicídios, os divórcios, pois todos teriam tempo para refletir, e voltaríamos a ser melhores nos relacionamentos. Temos muitos a aprender com Jesus, suas palavras são poderosas para mudar e nos tornar pessoas mais sensatas, pois, enquanto quisermos impor nossas opiniões na base do grito, menos seremos ouvidos e atendidos nos pleitos, que poderão ser até plausíveis. Mas os ouvidos estarão fechados. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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