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29/02/2020

Campanha da Fraternidade - Pr. Pedro R. Artigas

Campanha da Fraternidade - Pr. Pedro R. Artigas

Campanha da Fraternidade

Pr. Pedro R. Artigas

 

Iniciou-se na quarta feira de cinzas a Campanha da Fraternidade deste ano com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, sob o lema “viu, sentiu compaixão e cuidou” tirado do Evangelho de Lucas capítulo 10, versículos 33 e 34, da Parábola do bom samaritano.

O tema e o lema são propícios para os tempos que vivemos, primeiro em intensa polarização política não só em nosso País,mas, em quase todo mundo.  Segundo, pelo momento de uma possível pandemia mundial ocasionada pelo Corona vírus, que de um vírus até certo ponto inofensivo tornou-se em doença grave atingindo diversos países ao redor do mundo, e como terceiro motivo temos em nossa Nação o ano eleitoral, para eleição dos novos prefeitos e vereadores, uma prévia do que será em 2022.

Como vemos muitas coisas estão acontecendo ao nosso redor, que nos deixam de certa forma temerosos e confusos, pois não sabemos como devemos agir em todos os casos.  Se olharmos para a política nacional não há como não se posicionar de um ou outro lado, pois as paixões estão em seu ponto máximo. Primeiro pela posição de que não temos há mais de 60 anos um governo de direita em nosso País. Só aqui é um problema, pois se até agora vivemos sob a orientação de esquerda e isso se reflete nos nomes de nossos partidos. 

Quase todos os partidos, mesmo os que mudaram de nome recentemente, estampam ou estampavam em suas siglas a letra S de socialismo em suas diversas vertentes. E os que tinham ou têm a palavra trabalhadores também tinham ou têm vertente socialista. Aí fica difícil podermos entender a lógica do que é viver sob uma orientação diferente daquela que nos acostumamos ao longo de nossas vidas. E isso se reflete também na forma de adorarmos e nos relacionarmos com Deus.

O texto deste ano da Campanha, mostra essa dualidade, pois podemos entende-lo como forma política de ver, sentir e cuidar, ou na maneira da freira que estampa o cartaz da Campanha, irmã  Dulce a agora chamada de Santa dos pobres, que dedicou sua vida a exemplo da também freira e santa da Índia, irmã Tereza de Calcutá, dois expoentes de como a fé pode realizar grandes coisas e maravilhosos milagres nas vidas daqueles que tiveram contato com elas, e posteriormente  pelas obras deixadas para atendimento de todos os que procuram para suas dores. Prefiro sinceramente deixar que esse viés de graça e fé ajam em nosso mundo tão conturbado.

Elas mostram o exemplo do samaritano que ao passar pela estrada e ver o estranho ali jogado e machucado por ação de salteadores, toma-se de infinita compaixão e o ajuda e cuida. Quando olhamos para o texto podemos enxergar que os passantes, além de não ajudarem ou cuidarem, ainda procuram passar bem ao largo para não se contaminarem pois se consideravam puros e santos. Na parábola Jesus diz que por ali passaram o sacerdote e o levita, e por último passa aquele que era considerado inimigo, o samaritano.

Analisando poderíamos ver o sacerdote como alguém de nosso tempo que possui posses e tem todo poder investido para ajudar o necessitado, mas se julga tão superior que não pode praticar a solidariedade, precisam manter sua aura de santidade e autoridade. São os que fecham os vidros de seus automóveis ou não atendem ao chamado das campainhas de suas casas para não serem contaminados. 

O levita que no tempo de Jesus era aquele que tocava e cantava os salmos nas Sinagogas e no Templo, também eram e se consideravam muito importantes pois suas funções exigiam dele a purificação e que tivesse sua vida ilibada, não poderia tocar no necessitado pois estaria contaminado e não poderia exercer seu talento nos ofícios religiosos. Hoje infelizmente temos “levitas” que nunca cantaram ou tocaram em ofícios religiosos, mas se acham na qualidade de seres superiores que não podem ajudar aos necessitados sem que tenham em troca algo, será um voto?

Esta Campanha pode vir aos nossos corações e nos fazer enxergar nossas “santidades” e nos levar a sermos como o samaritano que considerado inimigo do povo judeu, foi o que teve compaixão e cuidou daquele que precisava, e não se intimidou mas prestou ajuda inclusive financeira ao pagar o estalajadeiro e ainda dizer tudo o que ele precisasse providenciasse, segundo descrito no Evangelho de Lucas capítulo 10, versículo 35: “No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver”. Para entendermos quanto esse samaritano deixou para cuidar o acidentado, tomemos como base o texto de Mateus capítulo 20, versículo 2: “Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. Valia então a diária de um trabalhador. Muito significativo. Leiamos com atenção essa Campanha e procuremos realizá-la em nossas vidas. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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