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27/04/2019

O caminho de Emaús - Pr. Pedro R. Artigas

O caminho de Emaús - Pr. Pedro R. Artigas

O caminho de Emaús

Pr. Pedro R. Artigas

Passamos o domingo da ressurreição, mas, esse dia demorou para acabar, Jesus após ter ressuscitado e encontrado com as mulheres na porta de seu túmulo ainda teve outras atividades.

Uma delas foi ao entardecer no caminho de Emaús onde, encontra dois de seus discípulos que estavam indo para essa localidade e conversavam a respeito dos acontecimentos. A bíblia cita somente o nome de um deles Cleopas. O encontro é muito significativo, eles abordavam o assunto como se tivesse tudo acabado, e nada mais restasse. Eles estavam com seus olhos como que fechados para entender o que havia se passado, e não conseguiam organizar todo o acontecimento. Poderíamos aqui abrir um leque de exposições do porquê, seria desconhecimento das escrituras?Ou o medo de professar a fé, poderíamos ainda dizer que seria dúvida, ou cegueira e ódio.

Se começarmos pelo primeiro destaque, desconhecimento das escrituras, poderia ser possível, porque acreditavam que as palavras de Jesus se referiam a um reino terrestre, não espiritual. Achavam que como ele era do tronco de Davi, iria libertar Israel do jugo romano, e restabelecer o reino de Israel. Ai a dificuldade de olhar Jesus como um rei espiritual.

Após os acontecimentos, era normal que estivessem com medo de professar a fé no Nazareno, pois ele havia dito diversas vezes que voltaria à vida, e já era o terceiro dia, apesar das mulheres terem dito que haviam visto, mas mulher? Elas não mereciam crédito. Ai ponteava então a dúvida, seria verdade? Onde ele estaria agora que não havia se apresentado aos outros apóstolos? O que estaria fazendo? E por último o ódio e a cegueira, teriam sido enganados? Será que as mulheres não haviam visto realmente a ele, mas teria sido tirado o corpo do túmulo pelos romanos ou pelos guardas do Templo e um deles poderia ter enganado as mulheres? Era isso que se passava na conversa deles, daí o espanto de Cleopas ao perguntar se Jesus era o único forasteiro que não sabia dos acontecimentos dos últimos dias. Elesnão estavam no espiritual para compreender a dimensão do acontecido, viviam no terreno, andavam pela visão humana. Não reconhecer a Jesus faz parte da visão humana, assim como hoje é difícil entender que Jesus é vivo, e anda entre nós, mas não o vemos e não podemos tocá-lo.

Mas ao Jesus começar a falar, seus corações começaram a entender e se aquecer, mas, ainda pensavam e agiam no terreno, a fala de Jesus era preciosa, mas não havia ainda atingido o coração deles. Eles ainda pensavam em como Jesus havia ressuscitado Lázaro, a menina, o filho da viúva, não entendiam que com ele seria diferente.

Ao chegarem ao local onde iriam o constrangeram a ficar pois já era noite, Jesus aceitou, pois é assim que ele sempre procede. Jesus não se auto convida, espera o convite para entrar. E ao se assentarem a mesa, no partir do pão, seus olhos ou melhor seus corações foram abertos e reconheceram ali o Mestre. A descoberta foi tão auspiciosa que não puderam esperar pelo dia seguinte, retornaram imediatamente a Jerusalém para contar a maravilhosa novidade aos outros.

A aparição de Jesus aos discípulos no caminho de Emaús pode ser considerado um exemplo da dispersão que teria havido se os outros não tivessem se mantido juntos em Jerusalém pela esperança de que Cristo reapareceria a eles. Nós também muitas vezes nos dispersamos, quando os fatos que esperamos não acontecem quando e como queremos. É necessário saber esperar juntos pois o Senhor sabe o momento certo para aparecer e nos orientar na caminhada. Não é saindo em busca do nada, quando temos o tudo em Jesus, que teremos nossos problemas e situações corrigidas. A ressurreição não é um fim em si mesma, mas o começo de uma nova caminhada junto ao Senhor. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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