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29/09/2018

Marta e Maria: duas irmãs, duas atitudes - parte 2 - Pr. Pedro R. Artigas

Marta e Maria: duas irmãs, duas atitudes - parte 2 - Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R. Artigas

Continuando o estudo da semana passada, hoje teremos a parte final, que creio ser o complemento do entendimento de como essas duas irmãs podem contribuir com a nossa vida nos dias de hoje.

II. A morte de Lázaro (João capítulo 11, versículos 1-45)

1. A tragédia da morte

O segundo quadro é anunciado por espessas mágoas. A morte roubou do lar feliz o irmão querido. Parecia injustiça da parte de Deus! Marta, Ma­ria e Lázaro eram amigos íntimos de Jesus. O seu lar era Dele. Então, apesar do quanto tinham feito, a tragédia os alcançou. Parecia indiferença da parte de Jesus! Maria e Marta mandaram chamá-Lo. Esperaram que Ele viesse para curar Lázaro. Ele não veio a tempo, e Lázaro morreu.

Aplicação

Pode acontecer isso na nossa vida, também. Sofremos, nos desesperamos, oramos, clamamos… e o pior acontece. Ter amor por Jesus não nos imuniza contra tristezas e provas da vida, contudo nos garante forças e conforto para sairmos vencedores dessas experiências. Jamais podemos permitir que elas nos vençam.

2. A vitória sobre a morte

Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já tinha sido sepultado. Nesse incidente vemos a diferença de tempe­ramento entre as duas irmãs – Marta, extrovertida e ativa, não pôde esperar e saiu correndo ao encontro do Senhor, enquanto Maria, mais introvertida e calma, ficou em casa, sentada. Marta desafiou a amizade do Mestre: “Se o Senhor estivesse aqui meu irmão não teria morrido!” (v.21). Marta tirou de Jesus a mais conformadora declaração sobre a Sua Pessoa: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (v.25). 

Mas no versículo 29 lemos que quando Marta disse a Maria: “O Mestre chegou e te chama” (v.28), Maria “levantou-se depressa”. É interessante notar que ela disse a Jesus exatamente as mesmas palavras que Marta tinha dito (v.32), mas a reação de Jesus foi diferente. Com Marta, Jesus manteve um diálogo teológico, mas Maria recebeu do Senhor o mais belo gesto de solidariedade: “Jesus chorou” (v.35). É tão bom saber que Jesus nos conhece pessoalmente e trata Seus filhos individualmente! Ambas presenciaram a glória de Deus e receberam o irmão de volta: vivo e saudável!

Com esse fato, Marta adquiriu:

a. uma nova compreensão de fé (v.22);

b. uma nova compreensão da ver­dade (v.25-26);

c. uma nova compreensão do Se­nhor (v.27).

Maria compreendeu melhor o significado da morte (Joãocapítulo 12, versículo 3) e do sepultamento de Jesus (João capítulo12, versículo 7). Muitos judeus que tinham ido visitar Maria viram o que Jesus fez, creram Nele, e o Filho de Deus foi glorificado. Todos foram bene­ficiados por meio dessa experiência dolorosa.

Aplicação

Precisamos achar um propósito nas ex­periências difíceis pelas quais passamos, e, mesmo sem achá-lo, devemos confiar no Senhor. Não podemos tirar conclusões precipitadas a respeito dos acontecimen­tos. No fim, tudo concorre para o bem, conforme Romanos capítulo 8, versículo 28.

III. Uma refeição de amor (João capítulo 12 versículos1-8)

1. Uma manifestação de amor

O terceiro quadro se deu num banquete em Betânia, seis dias antes da paixão de Cristo. Foi uma ocasião muito especial. Lázaro, que tinha sido ressuscitado, estava à mesa com o Mestre. Marta, como sempre, servin­do. As qualidades de hospitalidade e de prontidão em servir continuam em evidência em sua vida. Maria, pela terceira vez, se encontra aos pés de Jesus. Ela quebrou todas as etiquetas e presta uma homenagem ao Senhor: derrama um precioso perfume nos Seus pés e os enxuga com os cabelos. Foi a manifestação da sua alma, efeito de uma profunda afeição.

2. Uma manifestação de crítica

“Que extravagância! Que desperdí­cio!” disse Judas. E os demais discípulos concordaram (Mateus capítulo 26, versículo 8).

Talvez nós tivéssemos, também, criticado Maria, se ali estivéssemos. Não é assim que fazemos? Criticamos a igreja, criticamos o pastor, criticamos os oficiais, criticamos os velhos, os mo­ços, as crianças … A oferta que a mulher ofereceu a Jesus, inspirada pelo amor, mal interpretada pelos homens, foi bem recebida pelo Senhor e recompensada pela história. Maria se imortalizou e, por isso, estamos a falar dela, hoje (Mateus capítulo 26, versículo 13). O seu desejo era mostrar amor e simpatia ao Senhor. Ele compre­endeu, aceitou e recompensou o gesto condescendente.

Aplicação

Temos feito alguma coisa extraordinária para o Senhor, que realmente prove o nosso amor a Ele? Não por dever, mas por amor? Somos, hoje, gra­tos a Maria por essa lição de desprendimento?

Conclusão

Marta procurou agradar ao Senhor por meio dos seus próprios esforços. Maria ofereceu-Lhe o melhor que tinha. Isto nos faz lembrar de Caim e Abel. Martapossuíapersonalidadeativa e extrovertida. O seu amor pelo Senhor revelava-se em serviço. Ela era uma mulher que agia rapidamente. Maria era introvertida e calma por natureza. Das três vezes que seu nome é citado na Bíblia, encontramo-la aos pés de Jesus. E Jesus amava tanto uma como a outra! (João capítulo 11, versículo 5)

Aplicação

Ao examinarmos o contraste entre Marta e Maria, devemos avaliar as nossas pró­prias relações com o Senhor. Temos mais de Marta ou temos mais de Maria?

Aplicações para a minha vida

1. Se Jesus disse que devo ser um bom samaritano e ajudar aos ou­tros, por que não mandou Maria ajudar sua irmã? (Lucas capítulo 10, versículos 41-42)

2. Em que aspectos Marta é um exemplo ou uma advertência para mim?

3. Ajudar os outros não substitui o tempo que devo passar com Jesus, alimentando-me da Sua Palavra.

4. Quando o serviço cristão é rea­lizado só com as minhas forças, será que os resultados são: can­saço, desânimo, frustrações, mal­-entendidos, lamúrias?

5. Para nós, crentes, a morte é um breve dormir em paz. Assim como Lázaro, eu, também, ouvirei a voz doSenhor. Posso gritar“Aleluia!”?

E aqui a brilhante professora termina seu estudo, espero que possamos aplicar em nossas vidas os ensinamentos de Jesus de forma clara e verdadeira. Shalon.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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