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16/12/2017

Advento terceiro domingo

Advento  terceiro domingo

Advento – terceiro domingo

Pr. Pedro R. Artigas

 

Chegamos ao terceiro domingo do Advento, do tempo de espera, tempo de reflexão. Em nossa caminhada pelo espaço litúrgico, entramos no terceiro centenário onde não havia palavra de Deus e não havia profeta sobre a terra, e a família de Matatias Macabeus buscava em fazer o povo não se deixar levar pelas doutrinas e deuses gregos que estavam sendo tentado implantar em terras israelitas.

Por não haver quem falasse a Palavra de Deus, esta família procurava então manter o povo sob a orientação de Javeh através dos escritos que havia no Templo, e nos ensinamentos dos fariseus, que sabiam interpretar as palavras dos rolos sagrados.

O profeta que mais se estudava como ainda hoje se estuda é Isaías, pois suas palavras levavam diretamente ao Messias. O capítulo 35, nos versículos de 1 a 10 o profeta fala a esse respeito, vejamos os dois primeiros versículos: “O deserto e a terra ressequida se regozijarão; o ermo exultará e florescerá como a tulipa;irromperá em flores, mostrará grande regozijo e cantará de alegria. A glória do Líbano lhe será dada, como também o resplendor do Carmelo e de Sarom; verão a glória do Senhor, o resplendor do nosso Deus.

Ele fala em grande alegria onde havia desolação, fala de coisas simples de quem mora no campo, e conhece as dificuldades produzidas pela seca, e onde a chuva não cai com regularidade. Se olharmos para o povo que mora no sertão nordestino, e como eles esperam com ansiedade pelas nuvens que trazem a escassa chuva, e como esta ao chegar, mesmo se sabendo de sua curta duração, traz intensa alegria, é essa a manifestação que Isaías fala da chegada de um novo tempo em que o Senhor viria entre eles.Os versículos 3 a 5, fala da intensidade do júbilo: “Fortaleçam as mãos cansadas, firmem os joelhos vacilantes;digam aos desanimados de coração: "Sejam fortes, não temam! Seu Deus virá, virá com vingança; com divina retribuição virá para salvá-los".Então se abrirão os olhos dos cegos e se destaparão os ouvidos dos surdos”.

Era esse momento que se esperava em Israel, quando nasceria aquele que daria o esplendor e a graça da vida a todos. Esse povo que havia passado por diversos cativeiros, e estava para entrar em outro mais doloroso que seria o romano, ansiava pela liberdade de poder adorar seu Deus e andar como povo livre.

Quando entendemos essas palavras e olhamos para o atual, vemos que o povo ainda anda em trevas por não querer seguir em direção a luz. Vemos também que se anda em fome, literalmente em fome de alimento para o físico como para o espírito. Bebe-se em cisternas rotas de águas poluídas e sem vida, porque continua sem pastor que as guie pelos caminhos dos pastos verdejantes descritos em Salmos e mostrado também nas palavras de Jesus. 

Caminha-se como cegos, tateando nos caminhos e machucando os pés, pela falta de quem os guie. Estamos já no terceiro milênio, mas continua-se a buscar por salvadores que fale palavras de maravilhas e não ensine o verdadeiro caminho. E pela fome que se sente caminha-se sem motivação, sem convicção. A Palavra de fé está à disposição de quem quiser, mas ao se buscar o salvador e não o autor da palavra deixa-se de conhecer a profundeza da fé. 

E infelizmente se cai no mesmíssimo do nada, pois deixa-se também de ter responsabilidade pelo próximo, pensa-se somente em si mesmo, busca-se o poder pelo poder. Usa-se a Palavra de Deus não como instrumento de vida, mas como palavra de persuasão, do mais forte para o mais fraco. Se quer o domínio, mas não se estende a mão para o resgate daquele que sofre. Como venho dizendo, este é o momento da reflexão, de se buscar a responsabilidade, da entrega e do mergulhar nas palavras de vida e salvação que é oferecida a todos gratuitamente, nada se tomando em troca. 

Na verdade, é isso que Isaías está nos ensinando hoje. Busquemos por essa vida de maravilhas que é oferecida por Aquele que nasceu e viveu para que tivéssemos vida abundante. Shalon.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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