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Política

19/06/2017 | Concebido por Campo Mourão

Janot defende atuação conjunta dos países da América Latina contra a corrupção

Janot defende atuação conjunta dos países da América Latina contra a corrupção

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta segunda-feira (19) a atuação conjunta de países da América Latina na criação de mecanismos para o combate à corrupção. Segundo ele, o crime deve ser tratado como uma questão que “afeta regionalmente o continente”.
Janot participou, em Brasília, da abertura do seminário Brasil-Japão de Combate à Corrupção. Ela citou a necessidade de cooperação na América Latina quando lembrava de uma reunião em Buenos Aires, da qual participou na semana passada, com outros procuradores do Mercosul.
“O combate à corrupção não pode ser tratado como uma questão isolada por cada um dos países. A questão da corrupção hoje tem que ser vista como uma questão que afeta regionalmente o nosso continente e, portanto, deve despertar uma atuação cooperada, consertada e ajustada em técnicas e procedimentos para o combate dos atos de corrupção que traçam os países do nosso bloco regional”, disse Janot.
Ele também ressaltou que a cooperação entre Brasil e Japão na área penal são recentes, mas já colaboram com a criação de uma rede internacional de combate ao crime.


"Desde de 2008 membros do Ministério Público Federal participam em Tóquio de cursos organizados pela Agência de Cooperação Internacional do Japão e a Unafei [Instituto das Nações Unidas para a Ásia e o Extremo Oriente para a Prevenção do Crime e Tratamento de Criminosos]. Este programa tem tornado possível a criação e a manutenção de uma rede internacional de parceiros na percepção de delitos no combate à corrupção. O curso na capital japonesa conta com juízes e procuradores de todo o mundo”, afirmou o procurador-geral.
Denúncia sobre Temer


Rodrigo Janot não falou com a imprensa na chegada nem na saída do evento. Ele foi questionado sobre a denúncia que deve apresentar contra o presidente Michel Temer, e que deve encaminhar à Câmara dos Deputados neste mês. Janot não quis responder sobre o assunto.
A denúncia do Ministério Público Federal deve acusar formalmente Temer de envolvimento em crimes como corrupção passiva e obstrução à justiça e será baseada nas delações e provas entregues pelos delatores da JBS.

A entrega da mala com R$ 500 mil em dinheiro vivo para Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente da república, também deve ser incluída nas acusações contra Michel Temer.


A eventual denúncia precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados para que Michel Temer vire réu e passe a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF). Se isso ocorrer, o presidente será afastado do cargo por 180 dias. Caso o processo não seja concluído neste prazo, o presidente continua sendo réu, mas retorna à presidência da república.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) declarou que o recesso da Câmara pode ser suspenso caso a denúncia de Janot seja realmente apresentada. Ele disse também que o tema será tratado com total prioridade.

Fonte: CAMPO MOURÃO | CIDADE PORTAL | G1.COM

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