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Brasil

27/12/2016

Policiais de Mogi buscam ajuda para filha de PM fazer cirurgia na Inglaterra

Policiais de Mogi buscam ajuda para filha de PM fazer cirurgia na Inglaterra

Policiais militares de Mogi das Cruzes estão fazendo uma campanha para ajudar a filha de uma cabo da PM a passar por uma cirurgia na Inglaterra. A cabo Gláucia Marina Ramos Diringer sonha em dar à filha mais velha, de 12 anos, uma vida normal e conta que, para isso, precisa levantar R$ 500 mil. Isabela Diringer nasceu com gastrosquise, uma malformação em que o intestino se desenvolve fora do corpo. Segundo a mãe, Isabela tem o intestino mais curto, com apenas 17 centímetros, e nunca pode se alimentar normalmente.


Policiais militares distribuem vídeos e áudios com a mãe pedindo socorro para a menina na última vez que ela precisou ser hospitalizada e pedem ajuda para a cirurgia.


Para dar a ela os cuidados necessários, a mãe até fez um curso de enfermagem. Neste mês, a menina teve uma parada cardiorrespiratória e Gláucia teve que controlar as emoções para ajudá-la. Desde que nasceu, Isabela foi hospitalizada pelo menos uma vez por ano. Aos 12 anos, tem altura e desenvolvimento neurológico de uma criança de 6 anos.

A primeira cirurgia da menina foi logo após o nascimento. Depois do procedimento foi constatado que Isabela perdeu uma grande extensão do intestino, impossibilitando a alimentação por via oral. Ela pode consumir dessa forma apenas um tipo especial de leite e de papinha.


Há três anos, a menina fez outra cirurgia para alongar o intestino, mas não houve resultado. “Nessa técnica da Inglaterra, o médico abre o intestino e reconstrói a vascularização. O médico deu 92%  de chance de eliminar a alimentação parenteral (via intravenosa) e o catéter. Teve uma menina de Aracajú (SE) que foi para lá e fez, conseguindo aumentar o intestino e hoje tem uma vida normal”, afirma mãe da menina.

Glaucia explica que Isabela recebe os nutrientes necessários por meio de um cateter. Na medida do possível, os pais tentam dar uma vida normal para a filha. A garota estuda em um colégio particular de Mogi das Cruzes. “Mesmo assim, a vida dela é diferente. Ela usa um cateter, a barriga é mais saliente. Em algumas coisas, ela não se desenvolveu. Por isso, faz terapia ocupacional, fonoudiologia, entre outros tratamentos.”


Segundo a policial, 2016 foi o primeiro ano em que a menina quase ficou sem internação hospitalar. Mas neste mês, ao receber a alimentação parenteral, a menina teve uma reação e convulsionou. “Ela teve uma parada cardiorespiratória. Eu orientei meu marido a fazer a massagem, enquanto chamava a ambulância para ela.”


Cuidados com a alimentação
Glaucia conta que alimentação da filha exige muito cuidado. Além da alimentação parenteral, a menina toma um leite especial e come uma papinha pastosa batida no liquidificador, como as preparadas para bebês. “Isso também porque ela desenvolveu anorexia que é comum em quem tem intestino curto. Quem tem essa patologia desenvolve aversão à comida, pois evacuar costuma ser difícil para eles. Ela não mastiga a papinha, apenas engole e já tem ânsia de vômito. Então, depois da operação também teremos que começar uma nova batalha para ela aceitar a nova alimentação.”

Com um quadro de saúde tão delicado, a família se mobiliza para arrecadar o dinheiro para a operação. “Ainda precisamos de exames que serão feitos em janeiro porque o rim dela está no limite por conta dos antibióticos que ela toma a cada infecção que tem. Pensamos em ir em julho de 2017, mas com a convulsão e parada que ela teve queremos ir o quanto antes.”

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL / G1

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